Durante algum tempo o uso do termo feedback na comunicação vem aumentando, e não é estranho que hoje nós escutemos e leiamos as vantagens dessa técnica em comparação com as técnicas de correção tradicionais.
Mas o que é feedback?
O feedback é um retorno, sob a forma de uma opinião, que é feito para uma pessoa ou um grupo de pessoas sobre o seu desempenho em uma atividade. O feedback aponta forças e fraquezas, a fim de destacar o que a pessoa faz bem e como ajudá-la a melhorar em outros aspectos.
Tradicionalmente, foram utilizadas estratégias como punição, correção e crítica, para alguém mudar ou melhorar algum aspecto do próprio comportamento.
A crítica centra-se em apontar os aspectos que não estão sendo realizados corretamente por alguém, com o intuito de conscientizar essa pessoa e mudá-la. No entanto, essa maneira de corrigir pode diminuir a motivação, na medida em que o destinatário pode experimentar a sensação de que está sendo avaliado negativamente ou que “apenas o negativo é apontado”.
Por exemplo, imagine que queremos dizer ao nosso parceiro que precisamos de mais espaço para nós mesmos. Uma crítica seria: “você poderia me dar mais espaço, porque eu me sinto preso”.
Quando ouvimos a palavra crítica é uma reação habitual que colocamos à defensiva. A tendência é não admitir o que os outros estão dizendo, porque nós tomamos a crítica como um ataque. Além do mais, se esses “ataques” são constantes, podemos viver isso como uma incapacidade de fazer as coisas corretamente.
Quando a crítica é lançada contra a nossa identidade (na forma de um rótulo), é mais provável que geraremos emoções de raiva ou de ressentimento contra quem nos ataca. E isso pode facilmente desencadear um argumento.
Feedback é Motivação
Por outro lado, quando usamos feedback, colocamos em prática nuances de comunicação que alteram essas percepções e que reduzem as desvantagens das críticas, mantendo a eficácia. Para dar uma correção por meio do feedback, é preciso enfatizar os bons aspectos e adicionar as coisas que tornariam a atividade melhor. Voltando ao exemplo anterior, o feedback seria o seguinte:
Resolvemos dizer ao (à) nosso (a) parceiro (a) que precisamos de mais espaço para nós mesmos. O feedback seria o seguinte: “Eu entendo que passar o tempo juntos é importante para ambos, mas talvez seja melhor para nós dois se cada um tiver seu próprio espaço. Aí então nos sentiremos mais livres para aproveitar o tempo que passamos juntos.
Existe alguma diferença? É possível observar que, no feedback, é indicado o que a pessoa faz bem: esforço, intenções, tentativas etc., para marcar novamente o que poderia melhorar. Além disso, tentamos não usar “mais” ou “mais”, optando por outros tipos de conectores que não cancelam a proposição anterior. Por exemplo, “talvez”, “talvez” etc.
Isso também ajuda a corrigir equívocos e ajustar habilidades, quando o feedback é praticado no ensino ou no esporte. Geralmente, essa maneira de se comunicar não coloca a outra pessoa na defensiva; ao contrário, ela vive como algo mais positivo e proativo, facilita a comunicação e a mudança.
É importante que seja seguido de uma ação, que seja pessoal, privada, que seja uma mensagem “de você para você”, lembre-se de que é uma opinião, a outra pessoa pode aceitá-la e corrigi-la ou não.
Como podemos fazer o feedback correto?
Primeiro, localize o que deseja mudar. Observe também os bons aspectos que estão por aí (os esforços ou as intenções, por exemplo) e, em seguida, comece com o bem para introduzir a conduta sujeita a mudanças.
Podemos usar o que é conhecido como a técnica de sanduíche que consiste em fornecer a informação negativa entre dois pedaços de feedback positivo:
· Estabelece feedback positivo, algo que a outra pessoa faz apropriadamente.
· Indica o que queremos ser corrigidos, por meio do feedback.
· Finalize com uma proposta para colocá-lo em ação ou com algumas palavras de encorajamento e confiança.
E agora que sabemos sobre o feedback e as vantagens, por que não começar a iniciar essa técnica no nosso dia a dia?